Blog da Carolina Teixeira: 2013-09-29
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Te mando apenas coisas boas ...



Dói. Dói fundo. É muito difícil a gente perder uma pessoa que ama. Eu sei que você partiu faz tempo, mas a gente demora para aceitar as coisas. A verdade é que eu nunca gostei de perder, não sou boa nisso. Não gosto de distâncias, partidas, separações. Sinto falta do teu abraço. Mas sei que um dia a gente vai se encontrar de novo, por isso te mando força, te mando luz, te mando só coisas boas. E prometo que não vou chorar mais.

|ClarissaCorrêa 


Nosso "nunca mais"!



Eu não quis nos amaldiçoar. Pode ser difícil de acreditar, mas eu exagerei como todo mundo exagera na dor. Quando disse "nunca mais" quis dizer "até passar". E quem sabe em quanto tempo passa? Quem mede a dor e quem conta as horas? Nem se fôssemos, eu e você, régua e relógio acertaríamos as nossas vidas. "Nunca mais" era até a gente se permitir de novo, o machucado respirar, as pernas bambas ganharem força e assim por diante. Até a gente se recuperar. Era até tudo dar certo, mas "certo" não é para nós dois. Certo é o nosso incerto.

|Camila Costa 

Tudo junto e misturado!



Meu coração dói de um jeito amoroso por você. 
É uma vontade em excesso de estar perto, só perto. 
Vontade, carinho, saudade, tesão, compaixão, amor. 
Tudo junto e apertado aqui dentro.

|ClarissaCorrêa 

Resenha: Fora de Mim

Título: Fora de Mim
Autora: Martha Medeiros
Páginas: 131

A porta bate e logo se ouve a partida do motor: o carro levanta do chão uma sombra pesada, um zumbido surdo. No apartamento, ela se equilibra, tenta achar o prumo.

Ele se foi. Ela sabia. (...)

Martha Medeiros nos faz testemunhas de um momento crucial, terrível, na relação amorosa – aquele em que a paixão acaba, por mais intensa que tenha sido.

Com sua escrita fluente e cristalina, que parece cravar as unhas na pele da personagem, a autora inicia sua narrativa no instante da despedida, da queda, do fim trágico, nem além nem aquém da dor maior: quando se tem a certeza de que não há mais volta.Só depois o leitor chegará ao antes, compreendendo como tudo se teceu por que assim aconteceu, como tudo afinal, foi ficando fora do controle.

"Soube que você segue com ela, aquela que não era significativa, 
aquela que não era importante, aquela que estava 
apenas te distraindo, enquanto você não me esquecia." 
(pág 51)


"O que havia entre nós era apenas uma vontade, uma enorme e insaciável vontade de investigar o que haveria no lado oculto da lua, ver onde essa maluquice iria dar, aonde poderíamos chegar, quem aguentaria mais tempo, quem seria o primeiro a jogar a toalha, e feito duas crianças prendemos  a respiração e mergulhamos um no outro para, em tese, nunca mais emergir. Eu vivia em êxtase, a cada manhã eu acordava para uma surpresa, nenhum dia foi igual ao outro e eu nunca mais fui igual a mim mesma, estava indecentemente alegre, espantada, moleca, e mesmo quando ficava enfurecida com seus delírios sobre outros homens, ainda assim aquela era eu fora de esquadro, eu descentralizada, nunca havia me dado esse direito antes. Eu sei por que eu disse que te amava depois daquela transa, com tão pouco tempo de convívio: porque eu estava me amando pelo primeira vez na vida." (pág 67)



"Hoje me pergunto se você me amou de verdade.  Mantenho bem guardadas as nossas fotos, bilhetes, cartas, e-mails, e esse espólio sentimental registra um amor com toda a pinta de ter existido, mas não descarto a hipótese de você ter apenas projetado um amor em mim pra vencer sua carência existencial, que era do tamanho da muralha da China, visível a olho nu a milhões de metros de distância. De minha parte, você me fez feliz e eu sei exatamente quando, como e por quê. Em contrapartida, olho pra trás e não lembro de ter feito você feliz da mesma forma, ao menos não com o mínimo de seriedade: você nunca me considerou um repouso, um porto, um albergue. A impressão que eu tinha é que minha presença funcionava como um dispositivo que fazia você entrar em euforia ou em surto (...) E se eu ao menos eu fosse considerada uma aliada sua, mas não, eu era mais um elemento do exército oposto, aquela que estava mais perto e que podia receber seus golpes mais certeiros. Você nunca foi violento, mas era cruel"(pág 76-77)

A leitura nos faz tomar as dores da personagem: a dor da perda, a dor da solidão, a dor da culpa, a dor do arrependimento. Porém, em outros capítulos ficamos ao lado do personagem (homem),  que foi além de tudo vítima de todo esse não-relacionamento. O livro além de ter uma leitura que te prende do início ao fim, nos faz perceber que em algum momento de nossas vidas já passamos por situações parecidas, e agimos de forma igual ou pior. O momento do fim de uma relação é dolorosa demais, mas temos duas escolhas: ou ficar nos lamentando pelo o que acabou e não volta mais, ou erguer a cabeça e seguir em frente. Ao final do livro, a personagem toma uma decisão, e você leitor, com certeza vai tomar a sua também. 
Simplesmente P-E-R-F-E-I-T-O!! De todos os livros da Martha Medeiros (na minha opinião), esse é o melhor. Nota 10! 

“ Preciso que saiba: nunca deixarei de pensar em você, porque você foi o amor menos elaborado que tive, menos politicamente correto, menos  "o cara certo na hora certa", menos criado no cativeiro da idealização, e essa impossibilidade de intelectualizar o que senti me faz pensar que talvez eu não estivesse enganada sobre aquela ideia romântica de que só se ama assim uma vez. (pág 128)”   

Conheciam esse livro? Já leram? Me conte aqui !

Um beijo.
Carol.


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